EUA – Guerra ao Terror

  1. Origens: A “Guerra ao Terror” teve início após os ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA, conduzidos pela Al-Qaeda, levando os EUA a retaliar contra grupos terroristas e regimes associados.
  2. Invasão do Afeganistão (2001): Em resposta aos ataques, os EUA lideraram uma coalizão para derrubar o regime Talibã no Afeganistão, que abrigava Osama bin Laden, líder da Al-Qaeda.
  3. Busca por Osama bin Laden: A busca pelo líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, foi uma prioridade, resultando em sua morte em 2011 durante uma operação militar no Paquistão.
  4. Expansão para o Iraque (2003): Além do Afeganistão, os EUA invadiram o Iraque em 2003, buscando armas de destruição em massa (WMDs) que, posteriormente, não foram encontradas, gerando controvérsias.
  5. Insurgência e Instabilidade: A retirada das tropas dos EUA do Iraque em 2011 foi seguida por uma fase de insurgência e instabilidade, contribuindo para o surgimento do Estado Islâmico (ISIS) na região.
  6. ISIS e Conflitos na Síria: O surgimento do ISIS levou os EUA a se envolverem em conflitos na Síria e no Iraque para combater o grupo extremista.
  7. Atuação global: Além do Afeganistão e do Iraque, a “Guerra ao Terror” incluiu operações em várias partes do mundo, visando grupos terroristas e seus simpatizantes.
  8. Impactos: A “Guerra ao Terror” teve amplos impactos geopolíticos, econômicos e sociais, incluindo mudanças nas políticas de segurança, aumento do escrutínio na privacidade e debates sobre eficácia e ética das ações militares.
  9. Retirada do Afeganistão (2021): Em 2021, os EUA completaram a retirada das tropas do Afeganistão, encerrando oficialmente a presença militar de duas décadas no país.
  10. Desafios persistentes: Apesar de alguns sucessos, a “Guerra ao Terror” enfrentou críticas por suas consequências, como a criação de vácuos de poder, instabilidade regional e dilemas éticos relacionados à condução da guerra.

A Doutrina Bush refere-se às políticas externas adotadas pelo presidente dos EUA, George W. Bush, durante seu mandato (2001-2009). Ela foi influenciada principalmente pelos eventos do 11 de setembro de 2001 e teve impacto significativo na condução das relações internacionais dos Estados Unidos. A doutrina pode ser resumida em vários princípios-chave:

  1. Preventive War (Guerra Preventiva): Introduziu a ideia de que os EUA poderiam tomar ações militares preventivas contra ameaças percebidas, mesmo na ausência de um ataque iminente, visando prevenir futuros ataques.
  2. Combate ao Terrorismo: Compromisso de combater o terrorismo globalmente, levando à invasão do Afeganistão (2001) para desmantelar a Al-Qaeda e a remoção do regime do Iraque (2003), acusado de possuir armas de destruição em massa.
  3. Promoção da Democracia: Advocou a promoção ativa da democracia como meio de combater o extremismo e promover a estabilidade, defendendo a ideia de que regimes democráticos são menos propensos a apoiar o terrorismo.
  4. Unilateralismo: Expressou uma postura mais unilateral na tomada de decisões internacionais, sugerindo que, se necessário, os EUA agiriam independentemente de consenso global ou da aprovação da ONU.
  5. Eixo do Mal: Introduziu a expressão “Eixo do Mal” para se referir aos países que, segundo os EUA, apoiavam o terrorismo e buscavam armas de destruição em massa. Irã, Iraque e Coreia do Norte foram inicialmente citados.
  6. Inovações em Segurança Nacional: Contribuiu para a redefinição da segurança nacional, incluindo a criação do Departamento de Segurança Interna dos EUA para coordenar esforços contra o terrorismo doméstico.
  7. Intervencionismo Humanitário: Defendeu a intervenção militar em situações de violações graves dos direitos humanos, como no caso do Iraque, onde a justificação foi baseada na ideia de libertar o povo iraquiano do regime autoritário de Saddam Hussein.

A Doutrina Bush foi alvo de críticas por sua abordagem agressiva, especialmente em relação à Guerra do Iraque e às táticas de guerra preventiva. Por outro lado, alguns a veem como uma resposta necessária aos desafios de segurança do pós-11 de setembro.